sábado, 7 de agosto de 2010

Os Utaku




O primeiro Trovão do Unicórnio era uma silenciosa mulher chamada Otaku que impressionou Shinjo com usa ilimitada capacidade de fúria e misericórdia, uma contradição andante em suas ações, mudando de direção e atitude tão rapidamente quanto o vento nas planícies.

Outros achavam seu comportamento contundente, mas Shinjo entendia bem sua tenente.

Otaku não hesitava onde a guerra, paz ou aprendizado podia ser obtido.

Como Shinjo, Otaku preferia a idéia de paz à guerra, mas ela era muito afoita em sacar seu aço e destruir os inimigos do Ki-Rin quando necessário.

Quando seus inimigos se ajoelhavam em derrota diante dela, ela sempre foi a primeira a por de lado sua arma e aceitar a rendição Shinsei viu o olhar perspicaz na decisão de Otaku, e não foi surpresa para Shinjo quando o Pequeno Professor anunciou Otaku como um de seus Trovões.

Quando os Trovões partiram para as Terras Sombrias, não houve palavras entre Otaku e Shinjo, a Kami
conhecia bem a mente de sua seguidora e sabia que palavras eram desnecessárias entre elas.

A filha de Otaku, Shiko, substituiu a mãe como braço direito de Shinjo, e prosseguiu a filosofia de Otaku de
ação e determinação.

Desde essa época, a família foi dominada pelas mulheres da família, e apenas guerreiras da família recebem
montarias em combate.

Homens crescem e cuidam dos lendários corcéis Utaku, tornando-os iguais às suas contrapartes femininas.


Os Shinjo




Os descendentes da Lady Shinjo possuem várias qualidades pelas quais ela se tornou conhecida.

Shinjo era piedosa o bastante para andar nas Terras Sombrias sozinha para achar alguma centelha de bondade deixada em seu irmão corrupto, Fu Leng, brava o bastante para deixar seu Clã batalhar quando não tinham mais escolha.

Finalmente, ela era tanto inquisitiva quanto sábia o bastante para viajar além do Império para explorar em nome e bem de seus irmãos para procurar por qualquer ameaça a Rokugan.

Foi durante essa época que a Escuridão Enganosa atacou os seguidores de Shinjo e ela se sacrificou em sua armadilha para que seu Clã pudesse escapar.

Quando os Shinjo retornaram ao Império no comando do Clã Unicórnio, a única prova que tinham que eram descendentes de um Kami era o presente dado por Doji a Shinjo antes que o Clã Ki-Rin partisse.

Por duzentos anos depois de seu retorno, o Unicórnio foi guiado pela família Shinjo que manteve o Clã de possivelmente usar de seus poderes para virar o delicado equilíbrio entre os outros clãs a seu favor.

Foi durante essa época que a família Shinjo foi pesadamente infiltrada pelos “Kolat”, um grupo que conspirava servir de conexão entrte Rokugan e sua ancestralidade das sombras.

Quando Shinjo retornou de sua prisão nas mãos da Escuridão Enganosa durante a guerra do Império contra a Escuridão, seu primeiro ato foi punir os Shinjo com sua ira divina.

A infiltração na família era séria, porém, e o número restante diminui bastante e o nome da família estava gravemente desonrado.

Por isso, Shinjo foi forçada a nomear os Moto como líderes do Unicórnio até que seus descendentes

pudessem se provar dignos novamente.
 

Os Moto



A história dos Moto começa com a jornada do Unicórnio para as Areias Ardentes, mas não como aliados de Shinjo vindo do Império.

Ao invés disso, os Moto eram parte de um bando de nômades chamados Ujik-hai que o Clã Ki-Rin encontrou em sua jornada.

Os Moto subestimaram e muito a coragem, habilidade do poder do exército da Kami, e freqüentes invasões dos Ujik-hai fizeram-nos respeita-los… E finalmente terem paz.

Os seguidores de Shinjo e dos Moto aprenderam muito uns com os outros, e quanto os Uji-hai e Ki-Rin seguiram seus caminhos, vários Moto escolheram seguir a Kami divina onde quer que ela e seus filhos fossem.

Desde esse tempo, a história dos Moto tem sito muito forte, mas nem sempre para o bem da família. A ousadia dos Moto levou a serem a glória sempre que o Ki-Rin, posteriormente Clã Unicórnio, encontravam batalhas, e depois que o Clã retornou a Rokugan, eles foram considerados a fúria do Unicórnio.

Guerreiros Moto eram ferozes o bastante para pararem os Hida, e astutos o suficiente para superar as armadilhas dos comandantes do Escorpião. Uma gloriosa ascensão detida por uma abismal queda  a corrupção de uma grande parte da família e a maldição em sua linhagem vivente.

Num esforço de ajudar seus aliados Caranguejos, os Moto enviaram uma tropa de guerra para as Terras Sombrias, apenas para ficarem insanos e Maculados até o último homem.

Por gerações os verdadeiros Moto foram exterminados e assombrados por seus irmãos Perdidos, até o retorno de Shinjo das Areias Ardentes conduzisse o último

Moto sobrevivente a eliminar os Moto corruptos definitivamente.

Desde a partida de Shinjo de volta as Paraísos Celestiais, a família Shinjo foi deixada em desordem e a Kami proclamou os Moto como os novos líderes de seu Clã. Os Moto desde então conduzem o Unicórnio em uma direção mais direta, e recentemente, o Khan, Chagatai, ordenou um ataque às terras do Leão para mostrar ao Império o valor e força do Unicórnio os Moto ficaram felizes com o resultado do conflito, ganhando uma das cidades do Leão e mostrando à Mão Direita do Imperador que são dificilmente uma potência militar disparada em Rokugan.

Mais que qualquer outra família do Unicórnio, os Moto desejam provar-se para aqueles que caçoam do Clã, e se aplicam completamente em qualquer ideal como resultado.

Eles são talentosos caçadores, rastreadores, guerreiros, cavaleiros e sobreviventes.

Apesar de tenderem a não serem adeptos à vida cortês, eles dificilmente são os bárbaros burros que as pessoas imaginam.


Os Iuchi




Como o resto do Unicórnio, os Iuchi são notórios e respeitados por suas técnicas e artes únicas.
Durante a jornada do Ki-Rin para além de Rokugan, Iuchi foi exposto a perspectivas muito diferentes
na arte da magia e do sobrenatural como um todo.

Apesar de nunca abandonar sua devoção ao caminho dos kamis e da magia elemental, a distância que ele e seus estudantes percorreram de Rokugan, forçaram-no a se tornar criativo e adaptável a grande variedade de situações.

Longe do poder dos espíritos elementais, Iuchi supriu seu poder com conhecimento gaijin, mesmo isso sendo
uma blasfêmia não muito grave contra os Paraísos Celestiais.

Uma das maiores semelhanças entre a magia gaijin que Iuchi estudou foi uma atitude compartilhada também pelo Tao de Shinsei: que mesmo que várias coisas no universo pareçam separadas, elas eventualmente se juntam como uma.

Esse preceito fez as divisões entre os elementos parecerem menores para Iuchi, e antes que morresse, ele
passou suas descobertas ao seu mais brilhante estudante.

Depois de gastar gerações lidando com curiosos magos que agiam como semideuses tiranos, a família Iuchi também desenvolveu um profundo senso de responsabilidade onde seus dons de magia estavam concentrados.

Aliado à sua natureza de Unicórnio, os Iuchi têm um contraditória visão da magia, como algo que deveria ser livre e natural, mas também controlado e rigorosamente monitorado.
 
Por essa razão, os Iuchi evitam usar seus dons para fins destrutivos e concentram-se nas artes da cura, fortificação, e estudo.
 
Mesmo aqueles entre os Iuchi que não se tornam shugenjas têm lições de seus ancestrais, e não cometem ato de violência desnecessários.
 
 

Os Ide



A jornada do Clã Ki-Rin para além das Areias Ardentes foi um desafio no qual heróis nasceram e o destino de várias famílias foi formado.

Ide, um dos conselheiros próximos de Shinjo, emergiu desses homens e mulheres que ouviram seu verdadeiro chamado nesses tempos.

Ide sempre foi um homem inteligente e empático, e esses talentos foram cruciais durante os vários encontros com as culturas gaijins.

O jovem rapidamente se tornou perito em decifrar línguas estrangeiras e achar meios de evitar gafes sociais em sociedades que nunca lidou.

A língua de prata de Ide salvou incontáveis vidas em mais de uma ocasião e sua compreensão intuitiva das
emoções alheias garantiram que o Ki-Rin nunca desperdiçassem boas-vindas (quando as recebiam).
Ide várias vezes foi de encontro a outra conselheira de Shinjo, Otaku Shiko, porque Ide valorizava soluções pacíficas e Shiko não hesitava em resolver os problemas com violência quando necessária.

Quando o derramamento de sangue era inevitável, Ide usava seus talentos para fazer a rendição dos adversários de Shinjo algo limpo e certo.

Aqueles que desafiavam o Ki-Rin iam embora percebendo o erro tolo que cometeram, ou viviam com medo dele pelo resto de suas vidas.


Os Horiuchi




A mais jovem família do Clã Unicórnio, os Horiuchi foram fundados três gerações atrás, quando uma jovem shugenja Iuchi salvou o filho de um Campeão de Clã de uma quadrilha.

O daimyo dos Shinjo ficou tão impressionado com a coragem e perícia da quieta mulher que a declarou daimyo de sua própria linha familiar, uma recompensa que tanto honrou quanto assustou a pacata Shoan.

Apear de ser uma mulher simpática e inteligente, Shoan não tinha ambições de se tornar uma poderosa samurai-ko.

Apesar do guarda de honra de Shinjo Yokatsu garantir que ela jurou fidelidade ao nome Horiuchi, muitos acreditavam que o nome morreria depois dela.

Então, durante a Guerra dos Espíritos, Shoan achou seu destino ao lado de sua família.
Ela protagonizou uma disputada guerra entre os exércitos de Toturi I e Hantei XVI que causou uma divisão
em várias famílias pelas mortes que deixaram tantos órfãos sem lugar para ir e começaram a se acumular em números inéditos.

Como um dos Clãs menos afetado na Guerra, o Unicórnio abriu suas portas para os órfãos que encontraria ajuda, e Horiuchi Shoan, em troca, se tornou líder da força de misericórdia do Unicórnio.

Mais tarde, essas crianças cresceram e juraram fidelidade ao nome adotivo da família.

Devido à mistura das crianças que seguiram a primeira geração de Horiuchi, a família não é necessariamente de shugenjas, apesar de predominantemente ser.

Vários Horiuchi são estudantes em algum grau e bem acostumados a vários assuntos sobrenaturais, mas existe um grande número de bushis entre eles.

Como uma pequena família, eles são muito alheios às políticas do Império, contanto que deixem continuar seus estudos sem interferência.

Isso levou os Horiuchi a várias descobertas na arte do meishodo, a arte do Unicórnio de mágica produzida por objetos e amuletos ao invés de manuscritos.

O sucessor de Shinjo Yokatsu como Campeão também reconheceu o valor da pequena família, e pouco depois da Guerra dos Espíritos os encarregou de patrulharem las fronteiras com a Floresta Shinomen para proteger os dormentes aliados Nagas.

Um dever muito simbólico — Nagas mais que suficientes saíram do sono da raça para deter invasores à selvageria de Shinomen não se vá — mas os Horiuchi valorizam a chance de servirem ao seu Clã e estudarem a magnífica floresta ao mesmo tempo.



Os Matsu



Por vários anos os Matsu foram a mais precipitada família do Império.

Eles não escondem nada, avisando o mundo sobre sua natureza, seus pensamentos e opiniões são nus para que o mundo os veja.

Esse esteriótipo atrai admiradores, porém, como a verdadeira natureza dos Matsu tende a ser de furiosos, implacáveis guerreiros que são rápidos em cicatrizarem os outros por suas falhas.

A linhagem Matsu começou com uma mulher chamada Matsu, que foi reconhecida como uma das mais fortes seguidoras de Akodo, uma excepcional guerreira, temperamental e arrogante, mas poucos a repreenderiam por seu comportamento sem arriscar sua ira, um destino que poucos sobreviveram.

O confronto entre Matsu e Kakita no primeiro Teste do Campeão de Esmeralda criou uma rixa milenar entre Leão e Garça.

Foi o motivo que Matsu Tsuko usou contra Akodo Toturi para que a dissolução dos Akodo durante as Guerras dos Clãs fosse realmente efetiva.

E ainda, foi a fúria de Matsu que colocou o Leão em inumeráveis conflitos durante sua longa história de guerras.

Os Matsu floresceram nos recentes anos. Os múltiplos conflitos das décadas passadas os deram a oportunidade de saciar sua sede por batalhas, notavelmente reduzindo a sempre vista fúria destruidora que estava tão presente em seus números ao longo da Guerra dos Clãs.

Vários ainda se recuperam do desfecho da Guerra do Sapo Rico, e muitos da família defendem a idéia de ir à guerra contra o Unicórnio novamente para vingar a morte de Matsu Nimuro.


Os Kitsu



Os Kitsu talvez tenham a mais bizarra história de qualquer família existente no Império.

Sua história está inexoravelmente ligada à história primordial do Império, quando Akodo levou seus
exércitos contra uma misteriosa raça de criaturas leoninas chamadas de Kitsu.

Essas criaturas eram incompreendidas pela humanidade, e a criam-se ser perigosos predadores.
Certamente que o encontro inicial com essas criaturas foi lamentável, e várias mortes acidentais foram resultado de embaixadores em pânico que culparam os Kitsu.

A comando de seu Imperador, Akodo se ofereceu para exterminar as criaturas do reino mortal.
A luta foi intensa, pois os Kitsu eram capazes de iludir e possuíam várias habilidades místicas.

Foi assim até uma terrível batalha nas montanhas, quando Akodo enfrentou o líder dos Kitsu num combate pessoal, que o Kami percebeu que terrível engano havia cometido.

Os Kitsu não eram animais sedentos de sangue, mas criaturas inteligentes e místicas com uma rica história e tradições próprias.

Akodo fez o que podia para reparar-se perante os Kitsu, mas o dano em seus números era muito severo. Os Kitsu estavam morrendo.

Durante os dias da primeira guerra com Fu Leng, quando parecia que o Clã Leão desapareceria no terrível rumo da guerra, Akodo fez uma tentativa final de salvar os Kitsu.
Ele suas filhas a cinco Kitsu sobreviventes, que se transformaram em homens para casarem-se com as jovens mulheres.

Assim, a família Kitsu nasceu.

O legado espiritual da raça dos Kitsu não foi perdido.
Os Kitsu tem uma rica tradição mágica, produzindo poderosos shugenjas que ajudam os exércitos do Leão em batalha.

Num número pequeno, porém, há os que nascem com algo mais.
Esses indivíduos são treinados como sodan-senzo, shugenjas com o poder de quebrar as barreiras entre os reinos espirituais e viajar além do Ningen-do.

Eles também podem ver e interagir com os espíritos ancestrais que são elementos onipresentes na vida de um samurai.


Os Ikoma



Os Ikoma parecem se exercitar em se contradizer.

A família produz tanto historiadores quanto estrategistas, escolhendo dois caminhos completamente diferentes que a família considera intimamente ligados.

Ambas as tradições podem ser ligadas ao seu progenitor, o guerreiro Ikoma que serviu o Kami Akodo Caolho.

O primeiro Ikoma era um contador de histórias e um astuto guerreiro, muito amado pelos samurais que seguiam a bandeira de Akodo.

Muitos apontam vários contos da carreira sórdida de Ikoma que indicam que ele foi menos exemplar em matéria de honra do que seus descendentes se lembram, mas poucos arriscam a ira dos Ikoma em discutir isso abertamente.

A maioria dos Ikoma é exatamente o que eles aparentam ser: completamente devotos do bushido. Eles seguem suas profissões com a mesma paixão que apenas um verdadeiro apóstolo pode ter.

Assim, Ikoma que estudam táticas têm servido como tenentes e oficiais de Akodo por séculos, e assumido o comando de várias forças do Leão enquanto os Akodo estiveram em exílio durante as Guerras dos Clãs. Aqueles que estudam a História se concentram em se lembrar dos contos dos ancestrais do Leão, fielmente gravando novos contos nos registros históricos do Leão e servindo como contadores de histórias e oficiais morais para os exércitos do Leão.

Esses narradores, também chamados omoidasu, são os únicos samurais do Leão a quem é apropriado mostrar emoção numa freqüência regular. Eles oficialmente servem como voz do Clã Leão.


Os Akodo



Sempre conservadores e inabaláveis, os Akodo sofreram consideráveis eventos durante o último século, eventos que quase destruíram uma família com uma longa e rica história de estabilidade e aderência ao bushido.

Os Akodo são descentes do Akodo Caolho e seus seguidores juramentados.
Não houve maior defensor do bushido nos dias primordiais do Império do que Akodo, e sua coragem e convicção logo foram adotadas pela família que usa seu nome.
 
A família Akodo governou o Clã Leão por quase mil anos, com raras exceções.
Eles foram supridos com os melhores estrategistas do Império, e a já exaurida história de que nenhum general Akodo nunca foi derrotado no campo de batalha é muito creditada, mesmo que apócrifa.

Os Akodo estão entre as mais tradicionais famílias de bushis.
Eles treinam regularmente e extremamente aptos e torneados em aparência. Eles preferem cabeças raspadas com cabelos presos e roupas tradicionais, com uma aparência quieta que sugere tranqüilidade e serenidade.

Mais do que outros Leões, eles encorpam a aparência disciplinada pelo qual o clã é tão bem conhecido.


Os Yasuki



A menor família do Clã Garça inicia sua ancestralidade no episódio em que Kakita se pôs em sua busca para ganhar o coração de Lady Doji.

Yasuki prometeu ajudar Kakita em seu caminho se ele, em troca, prometesse aceitar a fidelidade dela e de seus filhos e protegesse sua família.

Kakita concordou, e a casa Yasuki nasceu pouco depois.

As origens dos Yasuki são alvo de disputa entre os historiadores, pois não há prova real de que sua família tenha sido algo mais do que pescadores e comerciantes.

Alguns costumam dizer que os Yasuki nasceram do sangue comum e não dos heróis fundadores como os Kamis ou seus vassalos, enquanto outros destacam-na como outras figuras humildes como Shosuro ou mesmo comparam-na à sábia Lady Seppun.

Em todo caso, os Yasuki não são sensíveis a tais comentários, contanto que não ofendam Yasuki diretamente.

Homens e mulheres dos Yasuki tendem a serem menos acostumados com o estilo de vida luxuoso que seus aliados do Clã Garça, e quase sempre preferem fazer algo eles mesmos ao invés de agirem por intermediários.

Como Yasuki eles são realistas e ardis, o que os torna excelentes para a única tarefa que sua família conhece: trocas.


Os Kakita



Como todos os Clãs, a Garça foi ferida em seu íntimo pela primeira guerra contra Fu Leng.
Quando Shinsei veio às terras do Clã Garça para juntar Doji Yasurugi aos seus Trovões, o jovem guerreiro aceitou sem hesitação.

Pelo simples fato de ser nomeado por Shinsei como um herói da raça mortal, Yasurugi foi recompensado
com a morte por um demônio assassino enviado por Fu Leng para impedir os planos do Pequeno Mestre. Enquanto Kakita e Doji observavam com horror, mesmo depois da destruição do assassino, seu primogênito sangrava até a morte no chão diante deles.

Tudo estava perdido, quando a irmã gêmea de Yasurugi, Konishiko, ergueu a espada caída de seu irmão e proclamou que seu espírito vivia dentro dela e de sua espada.

O conto de Doji Yasurugi é um dos que melhor definem o espírito da família Kakita, pois enfatiza a dedicação à esperança, honra, e à espada da família.

Mesmo nos tempos mais negros, o espírito da família Kakita é o de buscar por esperança e valor em tudo.

Fora da Garça, os Kakita são conhecidos primariamente como espadachins devido à sua fundação e à poderosa Academia de Duelistas Kakita.

Possivelmente a maior e facilmente a mais prestigiosa escola de esgrima em Rokugan, a Academia Kakita ensina os antigos segredos da própria técnica Kakita: um estilo tão antigo quanto o Império.

Kakita foi um humilde e multifacetado homem e mesmo sendo primariamente conhecido por sua perícia com a espada, ele também praticava as artes construtivas e outras atividades pacíficas.
Aos olhos dos próprios Kakita, a família se considera artistas e não necessariamente guerreiros, mesmo aqueles que estudam o caminho da espada quase excluindo as outras coisas.

Eles levam todo esforço a sério como o dever juramentado de qualquer samurai, e como resultado se destacam no que quer que se apliquem a fazer.


Os Doji



Descendentes da Lady Doji, os Doji buscam por um apenas um ideal: excelência.
Quando os Kamis caíram no mundo mortal dos Paraísos Celestiais, foi Doji que se transformou as tribos desorganizadas em homens e mulheres.

Quando a Primeira Garça completou a aparentemente impossível tarefa, ela semeou a paz e compreensão
entre seus completamente diferentes irmãos e irmãs diante da invasão de Fu Leng.
Eficazmente, ela ajudou Hida e Bayushi a porem de lado as desconfianças um pelo outro para minimizar os
avanços que o Kami Negro fazia pelo Império.

Depois da derrota de Fu Leng, ela e seu filho Nio se colocaram a criar tudo aquilo que seria considerado “comportamento civilizado” nos séculos por vir.

A arte da negociação, os caminhos das alianças e tratados, assim como os sistemas de comércio e permuta foram todos desenvolvidos sobre os escrupulosos olhos de Lady Doji.
Com sua ajuda, seus descendentes se tornaram talentosos, reverenciados artistas, executando obras de beleza impressionante a partir dos mais simples materiais.

Hantei mesmo comentou certa vez sobre sua irmã: “Ela não pode tocar uma coisa sem que esta se torne mais valiosa, apenas por estar em sua presença”.

Mesmo na morte, a reputação da perfeição de Doji não foi afetada.
Como os anos passaram e seus irmãos e irmãs envelheciam bem, a Primeira Garça finalmente compreendeu que seu lugar não era mais no mundo mortal.

Um dia, ela levou seu filho Nio a um desfiladeiro onde ela o contou vários de seus segredos e planos
ainda não cumpridos, então caminhou para o oceano, serenamente sumindo nas águas.
A partir dali, os Doji se tornaram não só a face do Clã Garça, mas o símbolo de perfeição em Rokugan.

Os descendentes de Doji se destacam em todos os aspectos: é comum para um samurai Doji ser adepto às manobras da corte, as artes serenas, e no caminho do combate.

Subestimar um Doji é um sinal de profunda estupidez, como um diplomata Shiba uma vez destacou: “A única
coisa que os Doji parecem incapazes de fazerem, é a desonra”.



Os Daidoji



Depois da guerra contra Fu Leng, o contagiante sorriso e os olhos brilhantes de Lady Doji foram sombreados tão profundamente que nem mesmo a Primeira Garça podia esconder sua tristeza.

Toda noite quando ela fechava seus olhos, ela tinha visões de sua filha, a Trovão da Garça, Doji Konishiko viva nas Terras Sombrias e em grande perigo.
Um dos filhos de Doji, o silencioso e maturo Hayaku, não conseguia ver sua mãe nesse estado.
Ele pediu a seu pai permissão para viajar às terras do Caranguejo e explorar as Terras Sombrias para descobrir a fonte das visões de sua mãe.

Ele percebeu claramente que isso era um truque das forças de Fu Leng querendo privar o Império de seu espírito, Lady Doji, e clamar uma pequena vitória mesmo com o Kami Negro sendo derrotado.

Tempos depois, Kakita concordou a permitir que outro filho seu se aventurasse nas terras de Fu Leng, mas ele não poderia contar a sua esposa.

Sozinho e escondido, Doji Hayaku viajou às terras do Caranguejo e convenceu os guerreiros que poderia adentrar as Terras Sombrias — que de fato não era um feito pequeno.

Três anos se passaram, e o coração de Kakita se tornou tão frio quanto o de sua esposa, temendo que não apenas ele enviou filho à morte, mas também mentira para sua esposa ao faze-lo.

No inverno do quarto ano, Hayaku retornou à Garça, mas sua jornada o transformou. Seu cabelo se empalideceu e sua face mudou como se tivesse envelhecido vinte anos.

Uma cicatriz marcou a garganta de Hayaku, uma ferida feroz batalha que o roubou a voz para sempre.
O jovem bushi sacrificou sua inocência, sua beleza e sua voz por apenas uma coisa: a espada de sua irmã, Konishiko, que ele silenciosamente pôs aos pés de sua mãe.

Quando a Primeira Garça tocou a arma, o aço cantou como se estivesse feliz, e todos ali reunidos sabiam que o Trovão da Garça finalmente retornou para casa.

Esse ato espetacular moveu Doji a declarar que o nome de seu filho agora seria Daidoji: “Defensor de Doji”. Ele fundou sua família, uma linhagem de guerreiros dedicados às sutis artes do combate e táticas que conduziriam seu clã em conflitos contra números maiores e oponentes mais fortes.

Passado o tempo, os Daidoji se tornaram o forte braço direito do Clã Garça, servindo como yojimbo, tropas guerrilheiras, e reforços.
Os Daidoji são respeitados no campo de batalha por generais sábios, pois os bushis Garça são muito famosos por sua habilidade de usarem terreno, táticas de guerrilha, e outros recursos para reverter a situação contra inimigos que poderiam arrasa-los facilmente.

Os Daidoji continuam a as tradições de seu fundador, levando vários deles a tingirem seus cabelos de branco em tributo e aprenderem a usar a yari (arma predileta de Hayaku) assim como a espada.
Devido às suas funções práticas e perícias óbvias, vários Daidoji foram ordenados a defenderem as famílias Imperiais guardando Toshi Ranbo quando ela foi nomeada a nova Cidade Imperial.
Lado a lado com os vigilantes guardas Seppun, a mera presença dos bushis Daidoji exerce um grande papel na defesa da cidade.


Os Asahina



A linhagem dos Asahina não foi parte do Clã Garça no amanhecer do Império.
O conto do nascimento da família Asahina começa séculos atrás com uma invasão do Leão às terras da Fênix por algum insulto esquecido.

Isawa Asahina, Mestre do Ar da Fênix da época, direcionou seus talentos no ar, fogo e magias de guerra
contra os inimigos de seu clã com a dedicação de um homem que sabia que estava enfrentando um inimigo superior.

Com o tempo, a intervenção do Clã Garça cessou o ataque e emitiu um tratado entre Fênix e Leão.
Apesar de vários Fênix agradecerem seus aliados da Garça pela ajuda, Asahina estava furioso por milhares de mortes da Fênix que não seriam vingadas.

Numa atitude chocante, o Mestre do Ar começou a destruir terras da Garça, exigindo sangue por sangue. Com seu exército no sul esperando um possível ataque do Caranguejo, a Garça tinha poucos bushis para impedir o poderoso Mestre e seus vilarejos começaram a queimar.

Apenas uma guerreira, Doji Kiriko, escolheu lutar contra o Fênix, exigindo que parasse seus ataques e não fazendo movimento para sacar sua espada.

Quando a magia do Mestre do Ar queimou a mulher repetidas vezes, a ira de Asahina finalmente cessou e foi substituída por um simples e frio sentimento: um profundo remorso por suas ações.

A vergonha de Asahina era tão profunda que ele abnegou a sua descendência da Fênix e se declarou um reles ronin servo da Garça.

Ele curou a samurai-ko Doji por vários meses e passou muito tempo construindo maravilhosos artefatos para cada uma das famílias da Garça.

Os mestres da Garça ficaram tão impressionados com a dedicação de Asahina que permitiram-no jurar fidelidade ao Clã e se casar com a mulher que quase assassinou.

Com o tempo, os talentos de Asahina o fizeram uma escolha óbvia para fundar a primeira escola de shugenjas da Garça, e antes da morte do ex Mestre do Ar, o Campeão da Garça nomeou Asahina mestre de sua própria família por seus esforços e contribuições significativas à Garça.



Os Shiba




Os Shiba têm uma incomum posição para uma família descendente do Kami de seu Clã.
Quando Shiba se ajoelhou perante Isawa, ele fez um juramento que sua família manteria por toda história do Clã Fênix, algo que os deixa tanto como servos como protetores dos Isawa.

Devido ao sacrifício de Shiba, sua família raramente demonstra qualquer traço de orgulho desnecessário, mas mantêm a teimosia comum ao Clã.

Mais que uma vez o papel dos Shiba como protetores se conflitou com o papel dos Shiba de subordinados
dos Isawa — afinal, os Shiba não têm direito de dizer a seus senhores onde podem e onde não podem ir, mesmo pela própria segurança deles. Esse conflito definiu a relação entre os Shiba e os Isawa desde a fundação do clã, mas não é uma divergência à qual os Shiba reagem com hostilidade.

De fato, a família percebe seu lugar e os bushis da família abordam cada situação com paciência e
compreensão.

Mesmo os Isawa não podem questionar as intenções honestas de seus guardiões, pois incontáveis vidas de Shiba já foram dadas pelos anos de proteção aos Isawa.



Os Isawa



Poucas famílias têm tradições e histórias tão orgulhosas e complexas como as da família Isawa.
Como estudantes e mestres do arcano, eles são bem acostumados à diferença entre percepção e realidade.

Alguns apontam as ações de Isawa como egoístas e de um homem sem honra, mas os Isawa entendem que as motivações de seu fundador não foram em nada parecidas com isso.

Para Isawa, o que Shiba queria era sua ajuda para solucionar um problema que os Kamis trouxeram por si mesmos e queriam a colaboração de Isawa para isso. 
O que os Isawa entendem e vários não toleram que seja isso, é que Isawa não deveria ter concretizado sua arrogância, mas Shiba o fez.

Desde sua fundação os Isawa guiaram a Fênix ao longe de seus deveres ao Império, mas nenhum tão cuidadosamente em seu papel de guardiões da magia do mundo.
Tão grande é sua sabedoria e domínio que a palavra de um shugenja Isawa é quase sempre considerada o fim do assunto quando ele é magia.

Shugenjas Isawa experientes são chamados para investigar quando um distúrbio sobrenatural acontece, e assim eles não têm autoridade oficial (assim como as dos Magistrados de Jade), mas a maioria crê que a presença de um Isawa garantirá que o assunto será bem resolvido.

De seu próprio ponto de vista, os Isawa percebem que não são necessariamente os mais poderosos shugenjas de Rokugan, mas acreditam que são os mais responsáveis.

A história da família não é abundante em corrupção ou abuso do poder, mas quase todo incidente é solucionado rápido e internamente.
Eles compreendem que o poder engana aqueles que tentariam usa-lo para o mal e cometem avanços despreparados.

Os Isawa também percebem que preparação envolve estudo, e uma grande quantidade de artefatos amaldiçoados e corruptos são levados à família para investigarem-nos.
Os mais perigosos desses itens são escondidos em Gisei Toshi, a Cidade do Sacrifício, um lugar que poucas sabem que realmente existe.

Em vários sentidos, os Isawa se vêem como guardiões do Império do mesmo jeito que Caranguejo protege Rokugan das Terras Sombrias, mas os perigos da Fênix são muito mais sutis e persuasivos.


Os Asako



A amiga mais próxima de Shiba foi uma mulher chamada Asako, que ficou famosa por sua natureza gentil e seus talentos nas artes da cura.

Quando Shiba marchou para as Terras Sombrias para ver o destino dos Trovões e Shinsei, Asako chorou, já sabendo que perdera seu marido para o conflito contra o Kami Negro.

Quando a alma de Shiba retornou no corpo de um de seus seguidores Asako estava chocada pela descoberta que seu amigo trouxera para ela:

Shinsei suspirou os segredos do universo ao ouvido de Shiba quando seu corpo mortal morreu.
Com tal conhecimento, Shiba poderia achar a vida eterna, mas também sabia que Asako poderia resolver
o mistério também.

Como os monges de Shinsei e as ordens tatuadas do Dragão, Asako e seus seguidores se retiraram do Império para contemplar a sabedoria que Shinsei havia deixado para a Fênix.

Eles descobriram que o lugar dos homens mortais no universo era o da iluminação definitiva que esperaria por qualquer um quando estivessem prontos para abraça-la…

Mas os Asako foram acometidos por sua arrogância e acreditaram que isso significava que estavam destinados a se tornarem Fortunas por direito adquirido algum dia.
Esse ensinamento continuou nos Asako por gerações, guiando vários no caminho da iluminação, mas sentenciando outros a um destino tenebroso.

Uma geração depois, os segredos desse desentendimento foi revelado aos Asako pelo seu atual daimyo,
Toshi, e os Asako novamente se acharam traçando corretamente a Trilha do Homem.

Os Asako se vêem como guardiões do destino da humanidade, mas não divulgas os segredos da Trilha do Homem para ninguém de fora de sua família.



Os Agasha



A menor e mais nova família do Clã Fênix, a família Agasha é descendente do shugenja que deixou o Clã Dragão durante o reino de Hitomi.

Os Agasha cortaram seus laços com o Dragão, dizendo que Hitomi traiu tudo que Togashi construiu no Clã, e juraram fidelidade a um enfraquecido Clã Fênix.
Sua defecção os rendeu a gratidão da Fênix, que foi dizimada quase que sem recuperação da Guerra dos Clãs, assim como um lugar para um Agasha entre eles como Mestre do Ar.

Desde sua aceitação na Fênix, os Agasha têm se achado entre as constantes disputas das três outras famílias.

Eles continuaram o estudo do estranho estilo de magia e alquimia que os tornaram famosos no Clã Dragão, e os Isawa classificam suas práticas tanto como “surpreendentemente esclarecedoras” ou como “truques de camponês”.

Os Agasha já passaram gerações sem serem compreendidos pelo resto do Império, então as opiniões dos Isawa não influenciam muito seus caminhos.

Agasha são raramente vistos fora das terras da Fênix, preferindo ficar entre eles e seu novo clã. Apesar de sua reclusão, os Agasha rapidamente ganharam uma reputação na Fênix (e por eles, no Império) como versáteis e capazes pesquisadores de mágica incomum.

Um dos primeiros presentes dos Agasha aos seus novos senhores Isawa, foram as teorias de magias de “elementos combinados”, que causaram a revolta do Conselho Elemental a princípio.

Depois que o choque inicial de teoria tão radical passou, os Isawa reconheceram o uso de tal pensamento não ortodoxo… Enquanto permanecesse numa família tão pequena.

Apesar dos Isawa e Shiba terem várias livrarias de conhecimento proibido ou obscuro, quando algo realmente bizarro é descoberto, um Agasha é chamado para auxiliar nos estudos.


Os Yogo



No nascimento do Império, havia um shugenja chamado Yogo que era descendente da Tribo de Isawa. Quando Isawa se juntou ao Clã Fênix, Yogo estava entre os primeiros a se porem ao seu lado, jurando fidelidade à nova família Asako.

Numa batalha contra Fu Leng, Yogo foi atingido por uma terrível maldição.
Quem quer que ele amasse, estaria destinado a ser traído por ele.

Isawa descobriu que a maldição não apenas não podia ser removida, como também seria transmitida a toda descendência de Yogo.

Frustrado, Yogo se exilou.

Algum tempo depois, o Kami Bayushi retirou Yogo das sombras.
Tendo sofrido várias perdas na guerra, o jovem Clã Escorpião precisava de shugenjas capazes.
Bayushi prometeu a Yogo que lhe daria um lugar no Escorpião sem temer a traição, pois Yogo não amava o Escorpião.

A família Yogo esteve debaixo da maldição de seu fundador por séculos.
Eles usam seus estudos mágicos para lutar contra maho e Mácula como uma vingança por seu terrível feitiço, e como tempo foram confiados a guardarem as Doze Escrituras Negras.

Em cada geração houve histórias trágicas sobre a maldição.
Nenhum talvez tão notável quanto o de Yogo Junzo, o louco que começou a abrir as Doze Escrituras e concretizou o retorno de Fu Leng.

Junzo expôs a lenda da Maldição Yogo para que toda Rokugan visse.
A família se tornou parias longe de seu clã.

Agora poucos confiam nos Yogo para qualquer coisa.
Os Yogo enfrentam essa desconfiança um pouco resolutos, sabendo no fundo de seus corações que realmente não merecem confiança.


Os Soshi



Como uma família de shugenjas, a família Soshi é o coração religioso do Clã Escorpião.
Como seria esperado do Escorpião, os Shoshi têm uma visão única da religião.
O Escorpião vê o funcionamento do Tao e das Fortunas como uma forma de manipulação.

A sabedoria de Shinsei mantém as pessoas calmas, pensativas, e facilmente controláveis.
As Fortunas em seu paraíso mantêm os samurais em cheque, da mesma maneira que os samurais mantêm
os camponeses em cheque com a ameaça da espada.

Essas coisas são tão valiosas que porque permitem que as pessoas sejam controladas.
Um shugenja Soshi provê conselhos tão avidamente quanto qualquer sacerdote, enquanto cuidadosamente estudando como a situação poderia favorecer ao seu clã.

Possuir tal senso iluminado dos elementos e do universo e ainda serem forçados pelas circunstâncias
a usar esse poder para manipular os outros é um paradoxo que faz os Soshi ainda mais cínicos que o resto do Escorpião.


Os Shosuro



Uma família tão incompreendida quanto o Trovão do Escorpião que a fundou.
A olho público, os Shosuro parecem pouco mais de ajudantes práticos dos Bayushi, uma família menor de cortesãos e guerreiros que ajudam os Bayushi em seus objetivos.

A verdade que os Shosuro tentam incansavelmente esconder é algo muito pior.
Os Shosuro são uma família de espiões, sabotadores e assassinos.
Aqueles que os chamam de ninjas, porém, se arrependerão amargamente disso.

Para os Shosuro, não se deve lealdade para senhor algum, nem honra alguma os perdoará por suas terríveis ações.

Os Shosuro não são ninjas — eles são samurais.

Se seus senhores os mandam usarem roupas negras, esgueirar-se pelas sombras, e matar seus inimigos silenciosamente e com venenos virulentos, então que assim seja.
Aos seus olhos, sua honra é muito maior por não questionarem o que deve ser feito, estando preparados para cometerem qualquer sacrifício em nome da lealdade.

Onde os Bayushi são elegantes e belos, os Shosuro são freqüentemente mais quietos e discretos.
É muito fácil ter uma extensa conversa com um Shosuro e logo depois esquecer o que ele queria, exatamente o que os Shosuro esperam.


Os Bayushi



Os Bayushi são inquestionavelmente os governantes do Clã Escorpião.
Assim tem sido desde os tempos do Kami que lhes deu o nome.
Eles são uma família orgulhosa, ciente da reputação única que seu clã desfruta e eternamente preparados para preservar essa reputação.

Como corpo principal do Clã Escorpião, eles foram os mais educados cortesãos e os mais ardilosos bushis. Em vários casos, é difícil diferenciar um do outro.
Mesmo os dedicados guerreiros Bayushi acabam aprendendo as sutilezas da corte, e mesmo os mais capazes políticos percebem que é uma boa idéia saberem se defender, principalmente com seu habitual estilo agressivo de política de manipulação.

Ironicamente essa família, tida pelos outros como a mais desonrada das famílias, é quem incorpora melhor o que significa ser um samurai: um mestre da pena e da espada, preparado para qualquer perigo, sempre pronto para derramar seu sangue pelo Imperador, mas ainda mais prontos para derramar o sangue de seus inimigos.

Eles são um clã extremamente rico e poderoso, rivalizado apenas pelos Doji e as Famílias Imperiais por força política propriamente dita.

Mesmo aqueles que não gostam dos Bayushi raramente se opõem a eles, mas ninguém realmente sabe quem eles realmente têm como aliados.
Mestres ardis da política eles nunca esquecem de cobrar uma dívida, e nunca traem suas obrigações. Enquanto eles não retribuiriam um favor da maneira esperada, aqueles que buscam os favores dos Bayushi raramente se desapontam com os resultados.
 
A família Bayushi é famosa por sua beleza, mas uma sombria e oleosa beleza. Homens do Escorpião têm um ar de cafajeste e mulheres do Escorpião possuem uma qualidade proeminente e sedutora que leva samurais honrados aos mais inapropriados pensamentos.
 

Ordem de Togashi - Dragão Eterno



Os Togashi são a mais antiga Ordem de Tatuados, tendo sido estabelecida pouco depois que a primeira guerra contra Fu Leng terminara durante os dias primordiais do Império.
Os primeiros membros foram samurais desiludidos com os horrores que viram na guerra, procurando a sabedoria do enigmático Togashi.

Uma ordem monástica logo se formou seguindo os ensinamentos do Kami recluso.
Não é sabido quando ele começou a fazer tatuagens com seu sangue nos monges, chamados ise zumi, mas o resultado não foi menos que espetacular.

Das três Ordens de Tatuados, os Togashi são a mais vagamente conhecida pelos estrangeiros.
Lendas de ise zumis existiram por séculos, e são bem conhecidas por camponeses pelo Império.

Um desses monges, Togashi Kaze, desenvolveu técnicas básicas de combate desarmado e começou a ensina-las a camponeses pelo Império há vários séculos, ensinando-os a se defenderem contra perigos de samurais corruptos ou abusivos.
Essa devoção ao bem estar dos indivíduos, independente da posição é a qualidade que melhor define a ordem Togashi.

As décadas recentes foram difíceis para os Togashi.
Quando seu fundador finalmente morreu no segundo Dia do Trovão, Mirumoto Hitomi assumiu o cargo de Campeã.
Hitomi foi gradualmente sucumbindo à Escuridão Enganosa, e o esforço quase a deixou a louca.
Ela baniu os Togashi de suas casas e estabeleceu a ordem Hitomi no lugar deles.

Os Togashi permaneceram em exílio por algum tempo, finalmente retornando seguindo Togashi Hoshi, filho
de Togashi.
Os eventos caóticos que se seguiram fizeram que Hitomi ascendesse à posição de Lady Lua e os Togashi retornassem a seu lugar de direito no Dragão.

Os Togashi são um grupo mais enérgico e enigmático, muito parecido com todos os tatuados que têm algum papel ativo no Império, ainda são mais inclinados a agir aparentemente a esmo, sem causa ou finalidade. Apesar de serem apreciados pelos samurais, são raramente compreendidos.

Salvo por suas fantásticas tatuagens, Togashi são muito parecidos com os monges em sua aparência. Sua intensa concentração em feitos de agilidade resulta em uma forma física e aparência mais atlética do que outros monges, talvez, mas eles não têm o mesmo porte demonstrado pelos Hitomi.
Existem poucos elementos comuns de altura dentro da ordem, visto que a membresia deriva de todas as outras famílias.



Os Tamori



Mais jovem que os Kitsuki, a família Tamori é assunto de muita controvérsia entre os servos leais à Dinastia Toturi.
A história de sua criação é a história de Agasha Tamori, o último daimyo da família Agasha antes da vasta maioria deles abandonar seu juramento de lealdade e jurasse fidelidade ao Clã Fênix.
Tamori ficou enraivecido pela traição, mas a influência moderada de sua esposa reteve sua mão.

Quando ela morreu, sua fúria foi verdadeiramente liberada, e ele se juntou ao espírito retornado de Hantei XVI, que liderava uma revolução contra Toturi I na Guerra dos Espíritos.
A ajuda de Tamori fez com que Hantei obrigasse a cooperação dos Clãs Dragão e Fênix.

Quando os exércitos dos espíritos foram derrotados, um termo do tratado de Hantei XVI foi que seu leal ajudante fosse lembrado por uma família criada em seu nome no Dragão.

Por sua parte, os Tamori não gostam do homem que criou sua família, incluindo a daimyo da família Tamori Shaitung, filha de Agasha Tamori.
Ela foi vital para a derrota de seu pai, mesmo que ele possuísse o poder do Oráculo Negro.
Sua força de vontade e de personalidade renderam-na vários inimigos, mas todos os que a encontraram respeitam seu poder e natureza honrada.

Os Tamori são muito variados.
Entre os mais marciais shugenjas do Império, eles causam muitas críticas das famílias mais tradicionalistas. Mas graças à sua natureza de Dragão, mostram pouca preocupação pela opinião dos outros, e continuam suas estranhas práticas mágicas.
Apesar dos Tamori não terem o mesmo zelo por magias não convencionais como seus antecessores Agasha, eles ainda praticam a mesma tradição de alquimia e incomuns criações de itens, só que não com a mesma extensão.